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Entendendo um pouco mais sobre o Ministério de Louvor na igreja.

1- O que a igreja deve cantar?
 

Pr. Adhemar de Campos

A ideia central é a da fundamentação bíblica, isto é, a total influencia da verdade da Palavra. De acordo com a Bíblia Deus criou o homem para o louvor da sua gloria. Para isso colocou musica nele, tornando-o um ser musical. “Agora, pois, escrevei-vos este cântico, e ensinai-o aos filhos de Israel; ponde-o na sua boca, para que este cântico me seja por testemunha contra os filhos de Israel” Deut 31:19. “Esse povo que formei para mim para celebrar o meu louvor” Is 43:21

Temos que reconhecer que falta-nos uma certa clareza, organização e coerência na maneira de compor e isso inevitavelmente se reflete na vida da igreja. As vezes em nossas musicas pedimos ao Senhor algo que já temos, algo que Ele já deu e que as vezes é um mandamento relacionado ao pedido que fizemos. Ex: “da-me amor, ensina-me a amar, enche-me do teu amor”… se é assim o que faremos então com João 13:34; Rom 5:5; I João 3:14, 4:7-8???

Deixemo-nos convencer que a regra geral é compor e cantar dentro da palavra de Deus, em sintonia com ela e sob seu completo aval.

Um exemplo bem simples disso é que, ao compor sobre a cruz deve-se escrever aquilo que de fato refere-se a ela, ou seja, aquilo que ela é e seu efeito quanto ao propósito da redenção humana. A cruz existiu para que Cristo fosse crucificado e assim consolidasse nossa redenção. O resultado é que fomos resgatados da maldição da lei (Gal 3:14), nosso velho homem foi crucificado, o corpo do pecado foi destruído (Rom 6:6), a carne com suas paixões e concupiscências também foram crucificadas (Gal 5:20), fomos crucificados para o mundo (Gal 6:14), principados foram derrotados (Col 2:15), alem de outros benefícios e milagres.

Cruz é lugar de morte, de resgate, de redenção e não de outra coisa qualquer.

Nossa experiência pessoal, nunca substitui o poder e soberania da Palavra. Temos que evitar um cristianismo humanizado, centralizado no homem, alias muito popular e divulgado nesses dias.

Não estou querendo dizer que tudo esta errado, que tudo esta perdido. A ideia não é generalizar pois há muita coisa boa sendo feita, mesmo havendo coisas ruins e sem conteúdo. Honestamente temos que reconhecer que boa parte dos nossos cânticos são repetitivos e previsíveis nos temas, na estrutura harmônica, etc. Isso torna nossa musica cansativa e desnecessaria ainda mais considerando que temos no Senhor uma fonte inesgotável de criatividade da qual não temos bebido como deveríamos.

Precisamos rever nossas composições, os temas, o conteúdo bíblico, a estrutura delas, etc. Precisamos checar se nossas letras são claras (tipo começo, meio e fim..), se de fato expressam o pensamento de Deus ou se estão calcadas numa experiência pessoal primeiramente. Talvez alguém dissesse: “Davi escreveu em cima das suas experiências, sendo assim eu também posso”. É verdade. Só que há uma diferença, o que Davi escreveu tornou-se Palavra de Deus, Escrituras, Salmos.

É isso!

Então, o que a igreja deve cantar?

* Cantar louvores ao nome do Senhor – Sl 7:17
* Cantar ao Senhor – Sl 104:33
* Cantar novo cântico – Sl 96:1
* Cantar pelas bênçãos recebidas – Sl 13:6
* Cantar cânticos de livramento – Sl 32:7
* Cantar cânticos de jubilo – Sl 95:1
* Cantar as misericórdias – Sl 89:1
* Cantar a bondade e a justiça – Sl 101:1
* Cantar salmos – Sl 105:2
* Cantar entre as nações – Sl 108:3
* Cantar com ações de graças – Sl 147:7

Temas bíblicos que podemos explorar:

* Jesus
* A cruz
* A ressurreição
* Sua palavra
* Seu Espírito
* Seu reino
* Seu poder
* Sua gloria
* A comunhão dos santos
* A nova vida
* Seus propósitos
* Dízimos e ofertas

 

Pr. Adhemar de Campos é músico, compositor e pastor auxiliar na Igreja Comunidade da Graça no Brasil.

2- A Adoração e os Dons.

 

Passando da descrição de adoração em Atos para Romanos e 1 Coríntios, descobrimos que o exercício dos dons do Espírito deve ser encarado como uma expressão de culto a Deus. Somente no caso dos dons serem motivados por amor genuíno pelos irmãos e por Deus é que podemos encaixá-los no quadro de um culto genuíno, "em Espírito e em verdade".

 

Paulo lembra aos romanos que a oferta de seus corpos a Deus é um ato de adoração espiritual, se, contudo, esses mesmos corpos estiverem sujeitos ao Cabeça para sentir, profetizar, ensinar, exortar, contribuir, presidir e exercer misericórdia (Rm 12.1-8). Certamente a lista pode ser estendida para incluir todo e qualquer ministério. A vida do cristão, se não se isolar da família de Deus, nem se separar do próprio Senhor, expressará adoração nas reuniões ou nas atividades do dia-a-dia.

 

A significação dos cultos nos quais a congregação se reunia alcançou relevância particular na concentração de vozes louvando e ensinando juntas, com corações sedentos, aprendendo e aplicando a Palavra. Era uma ocasião apropriada para o treinamento (katartismon, Ef 4.12) dos santos para servirem a Deus dentro e fora das reuniões. Os dons de apóstolo, profeta evangelista, pastor e mestre cooperam e fecundam no centro do culto para encorajar o bom ajustamento, o auxílio de toda junta e a cooperação de cada parte, o que "efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor" (Ef 4.16).

 

Edificação seria um dos termos chaves em 1 Coríntios 14 (vv.3, 4, 5, 12, 17, 26), onde o apóstolo avalia os dons de profecia e línguas. Profetizar quer dizer "edificar, exortar e consolar" (v.3), enquanto que quem fala em outra língua, edifica a si mesmo (v.4). O dom de línguas implica, segundo a orientação apostólica, dar bem as graças (v.17), "pois o que fala em outra língua, não fala a homens, senão a Deus... em espírito fala mistérios" (v.2).

 

Os visitantes vindos de terras distantes no dia de Pentecoste ouviram os cento e vinte membros da igreja de Jerusalém falando em suas "próprias línguas as grandezas de Deus". Sem entender o que falavam, o significado de suas palavras incompreensíveis visava a exaltação do Senhor e o louvor a Deus. "Pelo exercício dos dons, o culto é transformado numa experiência alegre e responde ao Deus vivente. Neste sentido, a adoração pode ser um testemunho poderoso ao mundo". Esta foi uma das conclusões expressas pela consulta sobre a Obra do Espírito Santo e a Evangelização, patrocinada pela Aliança Evangélica Mundial e pelo Comitê de Lausanne, em 1985, em Oslo, Noruega. 

 

Benefícios imediatos e de longo alcance são alcançados pela igreja que desata as cordas tradicionais que inibem a liberdade do Espírito Santo (2 Co 3.17). Deus criou os dons, e deu-os para Sua igreja, para edificá-la; mas o exercício dos carismas deve ser sempre subordinado ao amor (agapē) (1 Co 13.1-3). Somente o amor edifica (1 Co 8.1), amor que opera por intermédio de pessoas espirituais, dotadas de capacidades específicas para fortalecer a igreja e fazê-la crescer. Nós herdamos alguns rígidos moldes da Igreja Católica Romana que formam a imagem do bom funcionamento de uma igreja. Destaca-se a hierarquia. O líder consagrado dispensa os benefícios para a comunidade como mediador de Deus. Sua posição privilegiada e de poder dentro da organização eclesiástica nem sempre reflete os interesses divinos. Tornou-se desnecessário e impossível Deus dispensar seus dons como Lhe apraz {1 Co 12.11). O sacerdote adora, os membros da equipe observam e aplaudem ou criticam o desempenho do chefe espiritual.

 

Creio que podemos confiar que o ensinamento inspirado acerca dos dons foi-nos dado para continuamente rebuscar a verdadeira adoração que agrada a Deus. Como Pai, Deus valoriza a contribuição de todos os Seus filhos, não apenas a do pastor titular. Por isso, "ser membros uns dos outros" (Rm 12.5) envolve o serviço a Deus, com os irmãos servindo-se mutuamente. O culto racional (logikēn, "espiritual, genuíno, verdadeiro") agrada a Deus (Rm 12.1), porque corresponde à figura do corpo humano cheio de saúde e vigor. 

 

Shedd, Russel. 

In: Adoração Bíblica.

3- Email de Resposta

 

Prezada Lenita,

Recebi seu email contendo várias perguntas sobre a "ministração" do louvor. Desculpe não ter respondido antes, foi falta de tempo mesmo.

Você me diz que é uma levita em sua igreja e que ministra o louvor durante os cultos. Sim, de fato é um privilégio poder participar do culto a Deus servindo na parte da condução dos cânticos. Eu teria um pouco de dificuldade em considerar você como levita (apesar de você ter um nome parecido, hehe), pois para mim os levitas faziam muito mais do que conduzir o louvor no templo: eles matavam e esfolavam animais, limpavam o sangue, a gordura, o excremento e os restos dos animais sacrificados e levavam uma parte para queimar fora. Além disto, arrumavam o templo, cuidavam da mobília e utensílios, etc. Se você quiser ser levita como aqueles de Israel, terá de se tornar a zeladora da igreja, rsrsrs!

Bom, vamos agora às suas peguntas. Coloquei as suas perguntas em negrito, para facilitar:

1) Até que ponto posso manifestar minhas emoções ao cantar pra Deus? Desde que sejam manifestações autênticas, sem problemas. O que incomoda muito é quando se percebe que o dirigente está fingindo, ou fazendo força para demonstrar o que não está sentindo.  A maioria dos membros das igrejas não se emociona fortemente quando cultua. As emoções nem sempre estão presentes. Por isto, eles podem ficar meio desconfiados quando o dirigente do louvor, nem bem começou a primeira música, já está virando os olhos, chorando e embargando a voz. Mas, se as emoções forem legítimas, elas podem ser expressadas sem muita afetação.

2) Levantar as mãos!! Posso? É errado? Não, não é errado, o problema é que às vezes parece uma forçação de barra, algo superficial e ensaiado, que não consegue convencer o povo de que é uma expressão sincera de adoração, Portanto, recomendo sabedoria e cuidado. É preciso deixar claro para o povo que não serão as mãos levantadas que tornarão o louvor mais espiritual ou mais aceitável diante de Deus. Não há qualquer relação direta na Bíblia entre posturas físicas e espiritualidade.

3) Posso pedir para a igreja levantar as mãos em um dado momento da música, por exemplo? Veja a resposta que dei à pergunta anterior. Eu acrescentaria que pode ficar meio constrangedor pedir para a igreja levantar as mãos durante um cântico, pois tem gente que não estará sentindo nada e outros que não se sentem bem fazendo isto. A melhor coisa é deixar que seja espontâneo, que parta do povo mesmo. Gosto da regra, "não estimule; não proíba".

4) Balançar de um lado pro outro, mesmo numa canção lenta é errado? Não, desde que não vire dança ou rebolado sensual, provocando a imaginação dos rapazes, que lutam para se concentrar na letra e na música. 

5) Se me emocionar e chorar? Como eu disse, se for autêntico não haveria problemas, mas lhe confesso que é constrangedor ver dirigentes de louvor chorando como se aquilo fosse expressão máxima de espiritualidade ou comunhão com Deus. Quem não chora vai se sentir carnal, frio ou não convertido. Eu evitaria.

6) Em relação à ministração entre uma música e outra, posso falar sobre a palavra, citar versículo e até explanar de uma forma muito rápida e objetiva? Poder, pode, mas se você não tiver uma preparação teológica vai acabar dizendo abobrinha, como eu ouço direto. Não é fácil falar em público e dizer coisas que realmente edifiquem. Sua função é ajudar o povo a adorar a Deus através da música. Estes sermonetes entre músicas soam às vezes forçados, pois geralmente se tenta fazer uma ponte entre o tema da música e uma passagem da Bíblia, e isso fica forçado e artificial.

7) Falar aleluia ou glória a Deus, claro que com reverência, sem gritar, por exemplo, é permitido? Não vejo problemas. Mais uma vez, todavia, é preciso ter certeza que são manifestações autênticas e não artificiais.

Lenita, o problema todo é esta superficialidade de alguns dirigentes de louvor que ficam se emocionando, chorando, revirando os olhos, gemendo lá na frente durante o louvor, e que uma vez encerrado este período, ficam do lado de fora do templo batendo papo com os componentes da banda enquanto o culto continua acontecendo. Fica óbvio para todo mundo que era apenas fingimento.

Acho que os dirigentes de louvor seriam uma bênção maior se fizessem apenas isto mesmo, dirigir o louvor, ajudando o povo a entoar os louvores a Deus. Qual o propósito destas demonstrações de êxtase e enlevo fortemente emocionais à frente da Igreja? Ajuda em quê? Não quero generalizar, pois seria injusto, claro - mas às vezes fica a impressão que é apenas uma maneira de auto-promoção. Pense nisto.

No mais, que o Senhor continue a abençoar sua vida preciosa. 

Um abraço!
Augustus Nicodemus Lopes

4- Enock Queiroz Freire da Igreja Sal da Terra
 
Quem somos:

A adoração é muito mais que uma simples canção bem executada ou alguns acordes tocados em algum instrumento. A adoração é intimidade com Deus, é vida separada para uso exclusivo Dele. É termos a certeza de que Ele nos ama e assim o adoramos. É nessa certeza que trabalhamos a área de música e adoração na igreja, porque ela é parte da vida do cristão entendendo o nosso papel como ministros da Palavra usando plenamente o dom que Deus colocou em nosso coração. A música tem feito parte da história de nossa Igreja Sal da Terra desde sua fundação. Quando o “Conjunto Sal da Terra” plantou a primeira igreja nos fundos da casa de um dos nossos pastores e hoje somos frutos do que foi plantado a mais de vinte anos atrás.

 

Louvor e adoração:

Falando da música especificamente, temos momentos em que são de celebração e alegria onde podemos cantar, dançar e nos alegrar por tudo que Deus nos deu e o mais importante, pelo que Ele é por nós!Em momentos de adoração, podemos refletir e observar o quanto necessitamos de uma ação do Espírito Santo em nós a cada dia. São momentos que nos é lembrado de onde saímos, onde estamos e para onde vamos com o Senhor.Bondade e misericórdia nos seguirão todos os dias das nossas vidas. 

 

Objetivo:

O intuito de termos nossa área de música é simplesmente expressar e proclamar através desse dom vindo de Deus, a palavra do Reino Dele que um dia transformou nossas vidas. Testemunhando também da transformação, do amor, da alegria que um dia nos encontrou e sempre desafiando cada geração que se inicia, para que possamos juntos continuar a levar o reino de Deus usando a música em adoração.  

       

O que fazemos:
Adoração nos Cultos

No culto, a música seria uma forma de preparação dos corações para que recebam a ministração pela palavra. Seria como as etapas de uma plantação. Preparamos o solo, que é o coração, para que receba a semente, a palavra, e que esse solo esteja fértil para que a semente nasça, cresça saudável e de muitos frutos Existem hoje alguns cultos que realizamos durante a semana e aos domingos e crendo que a linguagem a ser usada é fundamental para esses momentos e que precisam alcançar os que estão ali para receber algo vindo da parte de Deus.

 

Formação de adoradores – CCAC e Seminários anuais

Cremos na diversidade de pessoas que estão hoje congregando conosco e sabemos das diferenças existentes tanto no âmbito de classes sociais e cultura. Por isso Deus tem nos dado a estratégia de discernirmos a linguagem que iremos usar para cada tipo de situação em que estivermos inserido, isso tudo entendendo que somos todos iguais perante a face de Deus. Para tanto é preciso estimular a formação desses líderes de louvor, equipando com ferramentas de musica e da Palavra de Deus.

O Centro de cultura e arte cristã Sal da Terra tem nos ajudado nesse propósito, lapidando os dons que Deus tem derramado em nossas congregações.
Outra ferramenta de formação é o Seminário de Música que acontece anualmente com o intuito de falar sobre a área de música e agregar novas pessoas com esse chamado.

Gravação de CDs e DVs

Vemos que a musica hoje é um veiculo que nos ajuda a chegar em lugares que as vezes somente com a palavra não chegaríamos. Falo no caso de quando gravamos CDs ou DVDs e isso é distribuído e chegando a lugares que nem imaginávamos que estariam. Temos vários testemunhos de pessoas que foram alcançadas por esses veículos sendo curadas, consoladas e desafiadas em fé por ouvirem musicas que foram ministradas aos seus corações.

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